O Canguru-Arborícula Wondiwoi é tão raro que chegou a ser considerado extinto. Com jeito de macaco, escala as árvores das florestas montanhosas da Nova Guiné. Ele havia sido observado no local apenas uma vez por cientistas ocidentais, em 1928.
Desde então a espécie não havia sido coletada, vista ou relatada desde aquela primeira observação. Cangurus-arborícolas são marsupiais trópicos com parentesco próximo aos cangurus e wallabies. Esses cangurus de tamanho médio apresentam antebraços musculosos para que possam se elevar nos troncos das árvores e mover-se de galho em galho, em um estranho misto de escalada e saltos.
Apesar de pouco conhecidos, existem 17 espécies e subespécies, duas no extremo norte da Austrália e o restante na grande ilha da Nova Guiné. Ele foi observado pela primeira vez pelo lendário biólogo evolucionista Ernst Mayr, em 1928. Mayr avistou o animal nas montanhas da península de Wondiwoi, localizadas no estado indonésio de Papua Ocidental, na metade oeste da grande ilha da Nova Guiné. Desde então, residentes locais raramente relataram indícios de que a espécie ainda existisse.
O botânico Michael Smith, liderou uma expedição para encontrar a espécie. Smith elaborou o plano para a expedição após ouvir sobre um animal misterioso enquanto explorava as montanhas da Papua Ocidental em busca de rododendros em 2017.
Apesar de pesarem mais de 15 quilos os cangurus-arborícolas muitas vezes permanecem escondidos no topo das copas das árvores. Em um dos últimos dias da expedição, sem nenhuma sorte em encontrá-los, a equipe começou a voltar.
Foi quando o caçador avistou um canguru a 30 metros de altura. “Após diversas tentativas de conseguir que minha lente focasse no animal por entre as folhas da árvore, consegui tirar algumas fotos razoáveis”, comemorou.